Basicamente, a obrigação de emitir nota fiscal é comum para a maioria das empresas.
Sendo assim, com a transição para o formato eletrônico, a emissão tornou-se mais fácil e eficiente. No entanto, contratempos, como falhas no sistema de processamento do documento, podem interferir na emissão. Diante dessas circunstâncias, surge a necessidade da NFe em contingência.
Para esclarecer dúvidas sobre procedimentos, comunicação ao fisco e impactos contábeis, a consulta à legislação vigente é essencial. Continue a leitura para uma compreensão mais aprofundada sobre NFe de contingência.
A Nota Fiscal Eletrônica, NFe de contingência, é uma modalidade especial de emissão de NF-e adotada em situações excepcionais, quando há impedimentos ou falhas no ambiente normal de transmissão de dados.
Em outras palavras, ela é utilizada quando o sistema habitual de emissão e transmissão de notas fiscais eletrônicas enfrenta problemas técnicos ou situações que impossibilitam a emissão normal.
Existem diversos tipos de contingência, cada um com suas particularidades, como Contingência SCAN, Contingência SVC-RS, entre outras, conforme previsto na legislação.
Essa prática visa garantir a continuidade das operações comerciais, permitindo que as empresas cumpram suas obrigações fiscais mesmo diante de contratempos tecnológicos.
É importante ressaltar que a NFe de contingência é reconhecida pelos órgãos fiscais e tem validade legal.
Contudo, é fundamental entender os procedimentos específicos de cada tipo de contingência e garantir que a empresa esteja em conformidade com as normas fiscais vigentes.
A Nota Fiscal Eletrônica de contingência é justificada em diversas situações que podem impedir a emissão normal do documento. Algumas delas incluem:
Problemas técnicos, como instabilidades na conexão à internet, falhas no servidor ou indisponibilidade do sistema de emissão online, podem impedir a transmissão normal da NFe.
A Sefaz realiza manutenções programadas ou pode enfrentar instabilidades não previstas, impossibilitando a validação e autorização das notas fiscais eletrônicas.
Questões como problemas na infraestrutura de rede, bloqueios de firewall ou erros de configuração podem resultar em dificuldades na comunicação direta entre o emissor da NFe e o sistema da Sefaz.
A utilização do certificado digital é essencial para a assinatura digital da NFe. Problemas como expiração, perda ou corrupção do certificado podem impedir a emissão regular.
Variações inesperadas no ambiente tecnológico, como picos de carga, podem levar a instabilidades nos sistemas, impactando a emissão e transmissão normal das notas fiscais.
Em síntese, o entendimento dessas situações e a preparação para lidar com elas são cruciais para garantir a continuidade das operações e o cumprimento das obrigações fiscais da empresa.
Cada tipo de contingência pode demandar procedimentos específicos, e a conformidade com a legislação vigente é essencial.
De acordo com o Manual da Contingência, disponível no Portal da Nota Fiscal Eletrônica, existem três modalidades de contingência:
Formulário de Segurança (Papel Moeda), Declaração Prévia de Emissão em Contingência (DPEC) e Sistemas de Contingência do Ambiente Nacional (SCAN).
No caso do Formulário de Segurança (FS-DA), a emissão do DANFe nesse formato é apropriada quando o ambiente do contribuinte não possui conexão com a Sefaz Origem ou com outras opções de contingência (DPEC e SCAN), geralmente devido a problemas no link de internet ou à indisponibilidade simultânea do SCAN e do DPEC na Sefaz Origem.
Essa modalidade exige papel específico, o FS-DA, com características de segurança semelhantes às do papel moeda.
O SCAN representa um ambiente alternativo à Sefaz Origem, assemelhando-se à sua estrutura de webservices.
Criado para oferecer suporte às autorizações da NFe durante a indisponibilidade programada da Sefaz Origem (manutenções) ou quando solicitado pela própria Sefaz, o SCAN permite a autorização da NFe por uma Sefaz diferente da origem do emissor. Uma vez autorizada nesse ambiente alternativo, a NF-e possui validade fiscal, não sendo necessário reenviá-la à Sefaz de origem.
Quanto ao DPEC, trata-se de outro ambiente online que oferece suporte à nota fiscal em contingência.
Embora não autorize a NF-e, o DPEC declara a necessidade de emissão em modo de contingência e envia dados resumidos sobre a operação. A empresa contribuinte pode optar por essa modalidade sempre que não houver conectividade com a Sefaz Origem.
A escolha entre as modalidades de contingência fica a critério da empresa contribuinte, que pode decidir emitir notas fiscais em contingência quando identifica problemas de conexão, proporcionando flexibilidade diante de situações adversas até que a normalização seja alcançada.
Evitar problemas e erros na emissão de NFe de contingência é essencial para manter a conformidade fiscal e a eficiência operacional.
Aqui estão algumas práticas recomendadas:
Certifique-se de que os equipamentos utilizados na emissão de NFes, como impressoras fiscais e computadores, estejam em bom estado de funcionamento. Para isso, realize manutenções preventivas regularmente.
Garanta que os certificados digitais necessários para a assinatura das NFes estejam válidos e atualizados. Sendo assim, antecipe a renovação para evitar problemas de expiração.
Mantenha uma conexão estável com a Sefaz. Para isso, certifique-se de que a infraestrutura de rede da empresa esteja adequada para evitar quedas de conexão.
Faça backups regulares das informações relacionadas às NFes emitidas em contingência. Pra isso, armazene esses backups de forma segura para garantir a integridade dos dados.
Em casos de contingência, como o uso do SCAN, esteja atento à disponibilidade desses ambientes alternativos. Com isso, monitore ativamente para garantir que estão operacionais quando necessário.
Capacite a equipe responsável pela emissão de NFes em contingência. Certifique-se de que compreendem os procedimentos adequados e estejam familiarizados com as particularidades de cada tipo de contingência.
Mantenha os sistemas de emissão de NFes e softwares relacionados sempre atualizados. Atualizações frequentes podem incluir melhorias de segurança e correções de bugs.
Realize testes regulares dos processos de emissão em contingência. Simule situações de contingência para garantir que a equipe esteja preparada e que os procedimentos estejam funcionando corretamente.
Implemente práticas de auditoria interna para revisar regularmente os processos de emissão de NFes. Identifique possíveis pontos de melhoria e corrija eventuais erros.
Ao adotar essas práticas, as empresas podem reduzir significativamente os riscos de problemas e erros na emissão de NFe de contingência, garantindo um fluxo de trabalho mais eficiente e em conformidade com as normas fiscais.
Cada ferramenta possui suas recomendações e peculiaridades em termos de comandos e estrutura, mas, em relação às etapas, seguem passos bastante semelhantes para concluir o processo de emissão, após a identificação de uma falha na emissão regular:
Ademais, existe o Manual de Contingência – NFC-e, que fornece orientações específicas para esse tipo de nota.
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