Dentro das demandas fiscais do Brasil, cada empresa precisa cumprir diversas obrigações diferentes. Além de gerar notas no ato da transação, precisa utilizar códigos e padrões numéricos definidos. Uma dessas demandas é saber o que é CFOP.
Com um grande conjunto de códigos para ações predeterminadas, essa tabela é essencial não somente para a emissão de documentos e registros fiscais, mas também para o andamento do operacional do negócio.
Pensando nisso, reunimos tudo que você precisa saber sobre o CFOP. Confira.
CFOP significa Código Fiscal de Operações e Prestações. Ele foi lançado pelo Governo Federal para padronizar documentos em todos os Estados e municípios. Corresponde a códigos de natureza comercial que devem ser registrados pelas empresas em qualquer nota fiscal — tanto de entrada (compras) quanto de saída (vendas).
Existem números distintos para transações feitas em um mesmo estado ou para o exterior. É dessa forma que o Governo determina, com precisão, se é preciso recolher impostos por conta da movimentação daquele produto.
Para padronizar a emissão de notas, o Governo divulga frequentemente uma tabela com os números de cada atividade comercial relacionada ao CFOP. Em geral, essa publicação é feita pelas Secretarias da Fazenda (Sefaz) estaduais.
Cada numeração representa uma prática específica, o que ajuda as companhias a compreender o que deve ser informado em cada situação. O primeiro dígito (chamado de milhar) diz respeito ao tipo de movimentação da carga. Se for uma entrada de mercadorias, seguirá o seguinte critério:
No caso de procedimentos de saída, o padrão será o seguinte:
Importante! Não há nenhum CFOP iniciado com os algarismos milhares 4, 8 e 9.
Além disso, os três dígitos posteriores do CFOP correspondem ao tipo de operação realizada. Dessa forma, o segundo dígito retrata a natureza do procedimento, que pode ser de industrialização, devolução e exportação. Os dígitos restantes especificam a comercialização, como remessa de mercadoria para reparo ou evolução de compras para vendas.
Nesse caso, ficará especificado no documento fiscal que se trata de: aquisição de produto para industrialização, compra/venda, comodato, remessa simples, produção rural, entre outras ações.
Reunimos os seguintes exemplos de CFOP para você compreender como são aplicados na prática:
Quando a empresa trabalha com comercialização de produtos e prestação de serviços de entrega, é comum lidar com CFOPs iniciando em 5, 6 e 7, que são indicadores de saída. Isso ocorre porque, para os fornecedores, essas atividades são de venda, ou seja, modalidades de saída.
No entanto, ao receber a carga, a instituição compradora precisa registrar a Nota Fiscal do item indicando um processo de entrada. Logo, o CFOP precisa iniciar em um número que corresponde a 1, 2 ou 3. Ao usar tabelas, essa operação pode ser feita de forma automática pelos sistemas de gestão da empresa.
Nenhuma NF-e pode ser emitida sem o CFOP correspondente à transação realizada. Ainda que a rotina de registro desse código pareça muito simples, é comum cometer falhas de preenchimento. Para evitar o problema, é recomendado utilizar um sistema emissor de notas fiscais. Além disso, é importante considerar a contratação de um software que está em constante atualização para garantir emissões sempre corretas.
Existem programas de gerenciamento financeiro que são completos, robustos e com planos acessíveis. O uso diário desse recurso trará mais rapidez ao registro das informações fiscais, garantindo segurança operacional e instantaneidade aos processos burocráticos. Quanto menos falhas humanas, menos gastos de tempo e dinheiro.
A tabela CFOP é acessada pelo Portal da Nota Fiscal Eletrônica. No entanto, é recomendado contratar um contador para analisar cada transação e conferir qual o código a ser preenchido no documento.
Vamos conferir mais alguns exemplos de CFOPs mais comuns e recorrentes na maioria das empresas:
Como visto pelos CFOPs anteriormente mencionados, os códigos são específicos e existem muitos deles. No entanto, as empresas trabalham com um conjunto bem menor de códigos e tudo depende de que tipo de operações ela executa. Por isso, um modo de facilitar o dia a dia é ter uma lista dos CFOPs que serão usados em cada tipo de operação. Isso facilita a criação de tabelas fiscais nos sistemas e evita o travamento de emissões por rejeições durante o envio de documentos fiscais.
Com este conteúdo sobre o que é CFOP, pudemos compreender a importância dessa demanda e as vantagens que sua utilização proporciona ao gerenciamento fiscal das empresas. A utilização correta do Código Fiscal de Operações e Prestações torna o pagamento de impostos mais eficiente, eliminando problemas com a fiscalização.
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