Hoje em dia muito se fala em conformidade fiscal, ou compliance fiscal. Embora este conceito esteja repaginado com um novo nome, a prática da conformidade fiscal não é novidade para as empresas que sempre precisaram cumprir com obrigações fiscais e tributárias.
O novo nome vem devido a mudança nas práticas adotadas nas empresas, onde a empresa precisa adotar rotinas de fiscalização e verificação interna para evitar problemas como multas.
Preparamos este texto para você ficar por dentro do assunto, desde conceitos básicos até dicas práticas para implantar em sua empresa.
A conformidade fiscal, também chamada de compliance fiscal, refere-se ao cumprimento das obrigações tributárias estabelecidas por leis e regulamentos fiscais de um determinado país ou região. Isso inclui a correta apuração, declaração e pagamento de tributos, além da manutenção de registros contábeis e fiscais de acordo com as exigências legais.
Obrigações acessórias são deveres administrativos que os contribuintes devem cumprir além do pagamento dos tributos (obrigações principais).
Essas obrigações incluem a entrega de documentos, declarações e informações às autoridades fiscais, bem como a manutenção de registros detalhados e atualizados.
O objetivo das obrigações acessórias é permitir que os órgãos fiscalizadores tenham acesso a informações precisas para verificar o cumprimento das obrigações tributárias principais.
Processo que atualmente ocorre de forma automática através do cruzamento de dados da Receita Federal com outros órgãos governamentais.
As duas principais consequências são as multas e a impossibilidade de continuar o negócio. Todas as empresas entendem que é muito mais caro pagar multas do que pagar impostos.
Além disso, quando uma empresa comete irregularidades fiscais, sua imagem fica comprometida, afinal, ninguém deseja realizar negócios com uma empresa que é alvo de corrupção.
Outro fator é que a falta de cumprir obrigações fiscais leva a impossibilidade da empresa continuar com suas operações, uma vez que a IE (Inscrição Estadual) e o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) acabam ficando em situação irregular.
Confira abaixo os principais benefícios da confirmidade fiscal:
A conformidade fiscal e a conformidade tributária são termos frequentemente usados de forma intercambiável, mas possuem nuances distintas. Ambos se referem ao cumprimento das obrigações legais relacionadas a impostos, mas abordam aspectos diferentes do sistema tributário.
A conformidade fiscal é um termo mais amplo que abrange todas as obrigações fiscais de uma empresa, incluindo:
A conformidade tributária, por outro lado, foca especificamente no cumprimento das obrigações tributárias, que incluem:
Em resumo, a conformidade fiscal tem um escopo mais amplo e inclui todas as obrigações fiscais de uma empresa, enquanto a conformidade tributária é mais específica e se concentra no cumprimento das obrigações relacionadas aos tributos.
Ambas são cruciais para a saúde financeira e legal de uma empresa.
Complexibilidade da legislação tributária
Podemos elencar como primeiro desafio para o compliance fiscal a complexibilidade das leis tributárias no país. Existem normas de âmbito federal, estadual e municipal e as empresas precisam estar adequadas a cada uma delas.
Sendo assim, se faz necessário contar com profissionais competentes que possuam conhecimento e experiência para lidar com as diferentes nuances legislativas e procurar encontrar o que faz mais sentido e se encaixa na situação da empresa, como contadores e advogados tributários.
Apesar do processo de implantação da conformidade fiscal poder variar de empresa para empresa, juntamos os passos que são fundamentais para organizar o processo de compliance em qualquer organização.
Tudo começa pela definição dos responsáveis por implantar e manter o processo de compliance fiscal na empresa.
É claro que serão necessárias pessoas com conhecimento em contabilidade, impostos e fiscal. Mas também é importante contar com uma equipe interdisciplinar, com pessoas de diversas áreas para garantir que o processo de fiscalização interna tenha uma abordagem holística dentro da empresa.
O segundo passo é avaliar como a empresa se encontra no momento. Está é a hora de passar um pente fino nas operações da empresa, incluindo finanças, recursos humanos, contabilidade e até mesmo atividades de cunho operacional como a emissão de documentos fiscais.
A partir daí, será possível saber qual é o nível de adequação da empresa as práticas aceitas de compliance fiscal, se ela já vem cumprindo requisitos necessários e o que precisa evoluir na organização.
A partir do passo anterior, é possível definir politicas e processos que devem ser aplicados nas empresas para garantir a conformidade fiscal.
Algumas leis, como a Lei Anticorrupção, estabelecem diretrizes sobre como as empresas devem se comportar ao estabelecer politicas para evitar a corrupção, como o desvio de dinheiro dentro das organizações.
Assim sendo, as politicas de compliance fiscal também devem se basear em legislações tributárias para estabelecerem regras de conduta para funcionários e envolvidos nas organizações.
Além disso, estabelecer os procedimentos que devem ser seguidos, ajuda a evitar erros, uma vez que todos sabem o que é o correto a ser seguido e como as coisas devem ser feitas dentro da instituição.
Não basta apenas criar uma politica de compliance fiscal e definir os procedimentos que precisam ser seguidos por todos.
É necessário divulgar esta politica e fazer com que todos os funcionários e envolvidos da organização tomem conhecimento das práticas e procedimentos que precisam ser adotados para cumprimento das regras e diretrizes.
Para isso, é necessário a realização de treinamentos para repassar a politica e é claro, revisar periodicamente as instruções para que elas estejam sempre frescas na mente de todos.
Embora a politica e treinamentos sejam imprescindíveis para estabelecer a conformidade fiscal na organização, isso nem sempre será o suficiente. É necessário que as práticas corretas e condutas adequadas façam parte da cultura organizacional.
Para que isso seja possível, a conduta adequada deve partir principalmente da alta gestão e dos diretores.
As empresas e até mesmo departamentos, sempre refletem seus líderes, ou seja, a diretoria deve estar extremamente engajada na compliance fiscal para que estes comportamentos sejam repassados para toda a organização.
Felizmente, a tanto as normas da politica como os procedimentos adotados não precisam ser escritos em pedra. Sempre há algo que pode ser ajustado e melhorado para que a conformidade fiscal seja seguida.
Uma forma de identificar possíveis pontos de melhoria é avaliar os processos através de auditorias internas que podem ser realizadas de forma periódica para poder atingir objetivos comuns para a organização no que se trata de compliance fiscal.
Diante de tantos pontos que precisam ser observados para cumprimento da legislação tributária como obrigações acessórias, documentos fiscais e até mesmo manutenção do planejamento tributário, nada melhor do que contar com a tecnologia para ajudar.
Neste âmbito, uma ferramenta que pode auxiliar no gerenciamento de documentos fiscais é o nsdocs. Com ele a gestão tributária fica mais fácil devido a automação de procedimentos como recebimento, gerenciamento e distribuição de notas fiscais.
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